"Você pode destruir as evidências, mas não pode destruir as memórias."
Eu procurava paz no que restava de nós dois: as fotos, as cartas. Mesmo que essa paz fosse temporária. Sentia o gosto das nossas promessas, como se estivesse de volta ao momento, vendo todos aqueles erros cometidos sendo cobertos de amor. E quando as mensagens eram decoradas e as imagens começavam a se repetir como um show de slides na minha frente, com os meus olhos fechados, eu me sentia antiga. Como se tudo aquilo tivesse acontecido a muito tempo atrás, como se fosse um romance do século XIX. E a protagonista desse amor de perdição, onde tudo era tão proibido quanto fora para Camilo Castelo Branco, era eu. Eu acabei morta por dentro, enquanto você afundava no mar do meu esquecimento.
Eu tô quase na fase de comer (literalmente) as cartas, sabe como é?
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Um beijo, gostei muito do texto.
Sei como é. A pior das fases. :~
ResponderExcluirObrigada, beijo pra você.