É impossível não pensar em nós dois. Tento manter minha cabeça vazia, pensamento longe, mas sempre aparece você pra me aplacar com uma mensagem, um telefonema. Chuta bem nos meus joelhos e me faz cair aos seus pés. E aí vem aquela onda recheada de um desejo louco de te ter ao meu lado. Ao lado, assim, de lado nem que seja na casa vizinha, para que eu possa te olhar um pouco, da minha janela ou da sua porta. Logo se torna um desejo imenso, parecido com um tsunami, que me devasta e arrasta tudo de dentro pra pertinho de você. Pertinho na sua cama. Pertinho na palma da sua mão. Pertinho andando pela sua boca e querendo ouvir uma respiração baixa, uma risada engraçada. Pertinho pra ver todos os seus defeitos, que se tornam tão toleráveis, por que são seus. E depois, a onda se desfaz, vira espuma. Por que eu estava longe da sua casa, da sua palma, tentando conjugar os verbos na primeira pessoa do plural. O "Nós" era pronome imaginário, e minha realidade era singular. Em todos os sentidos da palavra. "Adj. Individual, único, isolado". Odiável.
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