Dá pra rir no final. Eu tentei rir no final, mas quase não deu.

Minhas pernas tremem quando você vira o jogo e me fala "presta atenção no que tu fala".
Eu não sabia se estava errada ou não. Não sabia se estávamos discutindo ou não. Mas ainda assim, mandei uma mensagem porque fui eu quem caí no choro depois que você desligou puto da vida. Mandei porque você ficou puto da vida e eu me sentia particulamente culpada por fazer você se sentir assim. Analisando toda a questão, eu não conseguia nem exergar motivo pra tanta infelicidade alojada em mim. Mas fazendo um análise maior do que o tempo (desses tempos) nos permite - mas a mim, permitiu - percebi que o homem nunca é completo. O mais triste irá celebrar cada pequena alegria na tentativa de ser cinquenta porcento miséria e cinquenta porcento riqueza. O mais feliz, irá chorar cada pequena dor com uma intensidade quase inacreditável diante de tudo o que ele já possui ou possuiu, na tentativa de ser, novamente, completo. Talvez, eu estivesse tentando celebrar minhas dores, nessa noite, quando você pulou e veio se intrometendo com seu papo estranho, mas conhecido dos outros dias. Hoje era estranho porque eu estava tentando me completar, como um humano sujo, e chorando cada pequena pedra que aparecesse no meu caminho. Azar o seu, azar o meu por trombar logo com quem é o totalmente inverso de mim. Você celebra cada pequena alegria e não entende, nunca entendeu, os surtos de tristezas. Ou como isso tudo coube na alma. Você não entende e é um pouco mais bruto do que deveria. Talvez você devesse ser mais positivista e menos positivo, só por um tempo, pra me estudar. Eu tenho um coqueiro no fundo do meu quintal. Se cair um coco, rola?

And I'm on my way back down again
Stood on the edge..