O vento sopra más notícias
E se enrola no meu pé com delicadeza
Como quem quer salvar da tristeza
Uma alma que já não existe mais.
Se eu contasse sobre toda água
Azul como o céu dessa quinta-feira
Que afoga a mim em mim mesma
Você não acreditaria sem olhar por trás dos meus olhos.
Hoje eles estão castanhos e escuros
E também já não sabem cantar mais
Mas um dia foram roxos e vivos
e como vinho, inebriavam quem ousasse olhar
moldados pela beleza que o ventro trazia
montada em boas e novas notícias
que já descansam, mortas
(sem paz..)
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