Tão só sou
neste mundo de enormes expectativas
que me falta maestria
na hora de descrever a devasta
e -como se parece- longa
vida de quem não é nada
nem de ninguém.
Sozinho tão só,
tão pequeno e só,
que nem mesmo dó me tem
qualquer um ou eu mesmo
e me perco por todos os becos frios
dentro de mim.
Sou um labirinto hostil
ou um fundo de uma cratera
vazia calma escura e silenciosa
esperando para ver o fim que também me espera.
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