Me perguntava onde iria caber tanto nós em um futuro tão pequeno. Já andava apertado aqui, pra nós dois, mas não era incômodo não. Eu gostava de te ter assim, pertinho, quase sem caber de felicidade e amor. E assim a gente ia levando, devagarzinho, sabendo que bem ali tinha um precipício. Você ia embora, mas insistia em ficar mais cinco minutos. Eu, de boba, não negava. Só ficava ouvindo você cantar baixinho, assim de pé de ouvido, uma valsa pra querer eternidade:
"Eu você nós dois, já temos um passado meu amor
Um violão guardado, aquela flor
e outras mumunhas mais"...
Caetano viveu que nem nós, meu nego.
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