Hoje fiquei na porta te vendo ir embora e esperando você sumir de vista. Você não viu, mas dentro de mim tava um vazio, um grito ecoando de desespero. Não entendi, mas eu gritava por todo aquele silêncio - nenhum barulho na rua, nem dos seus passos, nem do portão fechando, nada. Fiquei presa, mas dessa vez não em uma prova de amor, mas em um precipício do egoísmo - eu queria ali, agora, mas não podia ter. Você estava bem, imaginava, porque ainda podia ouvir o barulho dos seus passos ao ir embora, se acompanhar para algum lugar, todo lugar..

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Como uma tecnologia muito avançada, eu silenciei. Esqueci que para ter novas palavras preciso gastar todas as antigas, ou paro. Preciso ler ...