Mais uma vez eu peço desculpas pelo modo como eu articulo as minhas palavras.
Sei que elas podem te machucar. É proposital.
Essas coisas todas que escorregam da minha boca, são verdadeiras. São, principalmente, cansativas. Por isso largo por aí.
Não exatamente por aí como se não tivessem valor algum, mas sabe. Por aí nas suas mãos ou na sua cara. Que é pra ver se eu consigo dividir meus sentimentos, mesmo sabendo que não são justos.
Essa música que toca agora, é como se fosse uma tradução do que eu diria para você. Ela perturba minha cabeça o tempo inteiro. Eu sou só sua, você sabe, e nós dois já aceitamos todas essas primeiras declarações muito antes. Mas não é justo que minha raiva seja sua agora. Para você.
Quero dizer que você não tem feito nada, mesmo. Provavelmente está deitado com aqueles seus olhos que parecem dois poços de escuridão contemplando qualquer coisa de maneira inocente. É o que você sempre faz. Eu amo quando você faz isso porque me dá espaço para te olhar sem que você me distraia, pra tentar te entender um pouco.
Você é perturbador como essa música porque não sai de mim nenhum instante. Todo seu conjunto me persegue. Ás vezes, em partes. Às vezes, inteiro.
Como quando eu acordo e consigo sentir suas mãos na minha cintura, mas você não está lá.
É por isso que não é justo. Primeiro porque eu te amo e você não merece.
Segundo porque é como atirar no meu pé.
Então me desculpa mais uma vez, dessa vez. É que minha cabeça parece que vai explodir e eu espero que você me ame. Não como sentimento incondicional e duradouro, mas sabe, a atuação de me amar agora. Encha-me de beijos, essas coisas.
Aí é só substituir a voz de Elizabeth Fraser pela sua.
It's ok to be angry but not to hurt me.

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