Todas essas vozes que me falam sobre os meus erros não são de outras pessoas, mas de mim mesma. Existem diversos habitantes parasitas de pensamento que corroem e dominam as frequências que batem no meu ouvido, no fundo, como sino. Falam alto e se sobrepõe, não se importam com a ordem ou meu cansaço, me chutam no rosto, perna, braços, costelas, furam meus olhos e quebram meus dedos, escalpelam-me, arrancam as unhas e me olham com tudo o que sentem nas mãos, enfiando todo o peso do que são goela rasgada abaixo.

Eu engulo.

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