O silêncio enche meus ouvidos. A tristeza me banha como o mar, bem no meio de sua extensão. Calmo, frio, escuro. Um azul bem profundo me tomou os olhos naquela noite.
Lucas perguntou "porque seus olhos estavam azuis?"
Era tristeza. "Foi a luz negra".
Era meu mar. "Engraçado né?"
Foi te ver e morrer.
Agora eu me abraço e afundo. Nada mais de tentar voltar para superfície. Nada de tentar movimentar a calmaria que pode ser maravilhosa à sua maneira. Ela me abraça e afaga como uma velha amiga. Como um espaço no espaço. Um tempo de todas as conturbações.
Como você não fez.
Porque não quis.

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Como uma tecnologia muito avançada, eu silenciei. Esqueci que para ter novas palavras preciso gastar todas as antigas, ou paro. Preciso ler ...